jeudi 21 janvier 2016

O preço da igualdade

Em 2014, o déficit da França com ajudas sociais representou 11,7% da dívida pública.
A França é historicamente conhecida pela declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, instituídos em agosto de 1789 durante a Revolução Francesa, tendo a igualdade como um princípio da nação. O artigo primeiro dessa declaração diz: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”. Baseando-se nesses ideais intrínsecos da identidade nacional, não por acaso é atualmente o país que investe a maior parcela de seu PIB, cerca de um terço, em assistências sociais que vão desde reembolsos em despesas médicas até prestações de serviços previdenciários. Para tanto, existe um órgão responsável pelo provimento desses auxílios, análogo ao Instituo Nacional do Seguro Social (INSS) brasileiro: a Sécurité Sociale. Desde sua fundação em 1945 logo após a Segunda Guerra Mundial, ela tem suprido satisfatoriamente as necessidades da população francesa, gerando benefícios à sua população, como a diminuição da desigualdade social. No entanto, o governo tem enfrentado fortes problemas econômicos para manter esse regime em pleno funcionamento.

Em 2014, a Sécurité Sociale apresentou um déficit acumulado de cerca de 236 bilhões de euros. Uma das razões desse rombo no seu orçamento é que, há 20 anos, o número de contribuintes foi superado pelo o de beneficiados devido a diversas razões. Dentre elas, destacam-se a redução da população economicamente ativa, fenômeno decorrente da diminuição da taxa de natalidade; e o aumento do desemprego nos últimos anos, segundo dados publicados pelo INSEE, instituto francês responsável pelos estudos estatísticos econômicos - correspondente ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Além disso, com o aumento da expectativa de vida, o número de

aposentados tem crescido progressivamente, levando à uma maior despesa do setor previdenciário e da saúde. Dessa forma, seu balanço financeiro tem sido negativo desde então, uma vez que a maior parte do seu orçamento é oriundo do pagamento de impostos sobre o salário dos trabalhadores, embora também se beneficie de receitas tributárias oriundas do governo.

Não obstante aos problemas econômicos apresentados, consequências positivas para a população são igualmente constatadas. O INSEE publicou em setembro deste ano os resultados de 2013 que apontaram uma diminuição da desigualdade social no país. Dentre as causas, destaca-se o reajuste das ajudas sociais prestadas pela Sécurité Sociale. Um exemplo é o Revenu de Solidarité Active (RSA), protagonista nessa luta, sendo uma ajuda prestada às pessoas com baixa ou nenhuma renda. Para se beneficiar de tal programa, o indivíduo deve respeitar certas condições. Uma delas é a seguinte: uma pessoa que se encontra desempregada precisa ter sua procura de emprego acompanhada por outra entidade pública, o Pôle Emploi, cuja principal função é auxiliar o desempregado a encontrar uma ocupação adequada ao seu perfil. Sem estar inscrito neste órgão, o cidadão não poderá fazer uma requisição de um seguro desemprego. Uma vez empregado, o trabalhador continuará recebendo uma parte do montante que lhe tem sido prestado, se sua remuneração for inferior ao salário mínimo, visando assim um complemento à sua renda.

Em sua criação, a Sécurité Sociale foi um imenso projeto político de unificação da pátria, baseado nos princípios de igualdade e fraternidade, lemas nacionais da Revolução Francesa. Desde então, respeitou os ideais da declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, para qual todos cidadãos contribuiriam, a partir do recolhimento de impostos, na busca da paridade entre os indivíduos. A ideia deste sistema era clara: em função de seus proventos, cada um financiaria o projeto com os meios que dispusesse e se beneficiaria de acordo com suas necessidades. Após 70 anos de sua fundação, a população francesa ainda confia nesse sistema. Apesar dos problemas econômicos que o governo francês tem enfrentado para manter a Sécurité Sociale em pleno funcionamento, 63% dos franceses acreditam que ela tem êxito e que deve portanto continuar com o seu papel ativo no bem estar social do país. Marianne, figura alegórica da Revolução, estaria satisfeita com seu povo.

Lucas VARGAS TASSONI, Émerson Luis DE SOUZA ULIAN

Fontes:
http://www.lefigaro.fr/conjoncture/2014/11/25/20002-20141125ARTFIG00009- la-france-championne-des-prestations-sociales-de-l-ocde.php
http://www.lemonde.fr/les-decodeurs/article/2014/10/01/le-trou-de-la-secu- explique-en-quatre-points_4498114_4355770.html
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http://www.liberation.fr/france/2015/09/22/la-france-a-reduit-ses- inegalites_1387931
http://www.viva.presse.fr/blog/article/la-securite-sociale-est-une-gigantesque- reussite-sociale-171082
http://www.mensquare.com/actu/actu-actu/1097116-securite-sociale-sondage- francais-bon-fonctionnement 

and votre cerveau vous dit « C’est l’heure de se réveiller ! »


L’odeur d’un café bien chaud le matin a toujours été une bonne raison pour se réveiller. Mais aujourd’hui, des chercheurs pensent avoir trouvé une explication scientifique au réveil du cerveau. Une nouvelle étude de l’université de Berne a découvert un mécanisme responsable de l’excitation rapide du cerveau humain après le sommeil ou l’anesthésie. Ces chercheurs estiment que leurs conclusions pouvaient faire émerger des stratégies médicales révolutionnaires pour traiter les troubles de sommeil.

   Après avoir effectué plusieurs expériences sur le cerveau des souris, le professeur Antoine Adamantidis et sa collègue Caroline Gutierrez Herrera ont réussi à identifier un nouveau circuit neuronal dont l’activation provoque l’éveil rapide des souris, et dont l’inhibition approfondit le sommeil. Au niveau du cerveau, ce circuit est situé entre le thalamus et l’hypothalamus.

   Pour ce faire, ces chercheurs ont eu recours à l’optogénétique. Elue méthode de l’année 2010 d’après Nature Methods, cette technique permet de rendre des neurones sensibles à la lumière en combinant le génie génétique et l’optique. Toutefois, le fonctionnement des neurones est encore mal connu, en particulier la physiologie des réseaux neuronaux et la communication entre ces réseaux.

   Les perturbations chroniques du sommeil affectent 10 à 20% de la population suisse. Mise à part l’importance d’une durée de sommeil suffisante, les études expérimentales soulignent que la qualité du sommeil est tout aussi importante pour le cerveau afin de récupérer les fonctions complètes du corps et de l’esprit. Le chef du département de la recherche clinique de l’université de Berne affirme que « Les conséquences des perturbations du sommeil vont au-delà de la somnolence diurne ou des sauts d’humeur. 
Cela peut également être à l’origine d’une déficience cognitive, d’un déséquilibre hormonal ou d’une forte sensibilité à des troubles cardiaques ou métaboliques. » Pour l’instant, l’effet des stratégies pharmaceutiques, mêmes combinées à une meilleure hygiène de vie, reste assez limité. Mais une recherche expérimentale intensive est menée par des chercheurs bernois afin de comprendre comment les circuits du cerveau gèrent le cycle de sommeil.

   Le sommeil chez les mammifères est divisé en deux phases : sommeil léger dit NREM et sommeil profond dit REM au niveau duquel le rêve a lieu. Les circuits du cerveau clés pour ces deux états ont été identifiés. Cependant, les mécanismes sous-jacents responsables de l’apparition, l’entretien et la cessation du sommeil et du rêve restent encore un mystère. Adamantidis ajoute que « même si nous avons fait un pas en avant important, il faudra un certain temps avant que de nouvelles stratégies thérapeutiques soient conçues sur la base de nos résultats ».

Chaimae Ammor

Sources (Anglais) :
http://www.sciencedaily.com/releases/2015/12/151221111442.htm
http://thebrain.mcgill.ca/flash/d/d_11/d_11_cr/d_11_cr_cyc/d_11_cr_cyc.html 
http://www.digitaltrends.com/sports/this-is-how-your-brain-wakes-you-up/
http://www.engadget.com/2015/12/25/sleep-awake-brain-neural-circuit/


Fifty percent of all food is wasted in Europe.


In France, food wastage is estimated at over two million tons every year.



In Europe, it is estimated at 89 million tons. While many people are struggling to feed their families, each supermarket in the European Union throws away over 40kgs per day of food that mostly remains edible, albeit not as fresh as before or appearing substandard. This wastage means €500 going straight into the trash can, food that could have fed a hundred people. 

In this context, amendments to the law have been proposed. In France, the National Assembly enacted a law against food wastage that bans supermarkets from throwing away unsold food, but the Constitutional Council has struck it down for procedural reasons. Consequently, the French Environment Minister Ségolène Royal has been trying to persuade the big supermarkets to establish commitments aiming to fight against food wastage. Although they are not obliged to do so, many supermarkets are taking up this cause. 

In 2015 Intermarché, a French supermarket chain launched a campaign trying to fight against food wastage. In the Paris region, one store sold the food that had been left on the shelf because of its appearance with up to 30% off. That “ugly food” was given specific labelling and a dedicated space in stores. 

Carrefour, another big French supermarket, has also contributed to this fight. In the 16th arrodissement of Paris, Carrefour Auteuil has established contracts with five charities. Their trucks mass several times a day at the back of the store to load shopping carts filled with unsold food. A special three-person team is responsible, several times a day, for gathering products that will soon pass their sell-by date or are damaged. "Last year, 160 tons of food were donated, the equivalent of 320,000 meals", said Soëd Toumi, Manager of Carrefour Auteuil. 

Supermarkets are not the only ones responsible for food wastage. Fifty percent of it is generated in French homes. Between 20 and 30kgs of food are wasted per person every year, of which 7kg are still packaged, representing an economic loss estimated at between 12 and 20 billion euros. Therefore, reducing food wastage could represent not only social benefits helping us to fight against hunger but also economic ones. 


Lucas VARGAS TASSONI, Helena FIGUEIREDO DE ALMEIDA ALVES 

Sources
http://sciences.tv5monde.com/articles/gaspillage-alimentaire-comment-la- grande-distribution-lutte-deja 
http://www.lefigaro.fr/conso/2014/05/21/05007-20140521ARTFIG00194-des- fruits-et-legumes-moches-mis-en-avant-aussi-sur-les-etals.php 
http://www.lemonde.fr/idees/article/2015/07/21/mettons-fin-au-gaspillage- alimentaire-en-europe_4692338_3232.html 
http://www.rfi.fr/france/20150827-le-gaspillage-alimentaire-amiable-segolene- royal-supermarches 
http://www.lemonde.fr/planete/article/2015/08/27/gaspillage-alimentaire-segolene-royal-revient-a-la-charge_4737820_3244.html

LA NOUVELLE GÉNÉRATION RELANCE LA COMPÉTITION 

    2015 fut une année de renouveau pour les émissions de télévision américaines qui passent tard le soir, appelées « Late Night Shows ». Les présentateurs des émissions les plus populaires ont changé et une nouvelle génération a pris les rênes. 



     À la tête de cette nouvelle génération se trouvent Stephen Colbert animant « The Late Show » sur CBS, Jimmy Fallon et « The Tonight Show » sur NBC et John Oliver avec « Last Week Tonight» sur HBO.
     Stephen Colbert est un véritable vétéran. Il a gagné six prix pour son ancienne émission, « The Colbert Report », ce qui lui fit gagner de la notoriété. En prenant la suite dans « The Late Night Show » il a gardé son style, qui consiste à mélanger politique et divertissement, malgré un public plus conventionnel. Il a su mettre en avant ses points forts, à savoir les interviews et les points sur l’actualité, en invitant des personnalités influentes comme des candidats aux élections présidentielles. Cela lui a permis de booster son audience mais mène certains à se demander s’il va continuer à parler de politique après la fin des campagnes ou s’il va finir par s’adapter à son nouveau public.



     Dans un style un peu à part, on trouve John Oliver, un comédien britannique, qui n’hésite pas à critiquer le monde et à mettre en avant ses dysfonctionnements. Il a su évincer Bill Maher, son concurrent direct, et contrairement à celui-ci, Oliver bénéficie d’une grande liberté d’expression dans son émission car il n’y a pas de pub et donc pas de comptes à rendre à des entreprises. Grâce à l’argent amassé par HBO, il peut se permettre d’aller jusqu’en Russie pour réaliser une interview avec Edward Snowden. Il n’y a pas de sujet tabou chez lui, et il n’hésite pas à critiquer le gouvernement américain. Cela donne à son émission un côté atypique qui attire une audience assez jeune, qui regarde son émission majoritairement en ligne sur YouTube.


     Devant eux se situe Jimmy Fallon, considéré actuellement comme le roi des Late Night Shows, qui vient de reprendre la mythique émission « The Tonight Show » assurant ainsi son avenir pour les six prochaines années. Il n’en est pas à sa première émission, loin de là: révélé par « Saturday Night Live » il y a 14 ans puis reconnu pour « Late Night With Jimmy Fallon », il est même en bon chemin pour rivaliser avec Johnny Carson, une légende dans le milieu. Il doit sa première place dans le classement au fait que depuis vingt ans il a les taux d’audience les plus élevés. Il a toujours battu ses concurrents, même s’il sait faire preuve de fairplay.
 



     En effet, il a souhaité la bienvenue à Colbert malgré la rivalité entre leurs chaînes hôtes. Il démontre une volonté de garder une bonne entente avec les autres présentateurs de sa génération pour éviter les histoires de rivalité qui finissent mal comme celle entre Jay Leno et David Letterman dans les années 1990. La compétition a donc été relancée mais avec moins de tensions. Les nouveaux présentateurs prennent d’ailleurs plus de libertés dans les plaisanteries et poussent le ridicule plus loin. Il ne s’agit plus de garder une image irréprochable mais plutôt de parler librement. Ainsi ils ont réussi à toucher une audience plus large et plus jeune, ce qui a fait grandement augmenter l’impact culturel de leurs émissions. 

     Cette nouvelle génération s’est donc engagée dans une compétition saine plutôt qu’une rivalité acharnée, une émulation qui pousse les présentateurs à améliorer la qualité des émissions. Un changement très appréciable. Pourvu que ça dure. 

Ines Boumaza
Martin Hedon


http://www.theslateonline.com/article/2015/10/the-new-league-of-late-night-dominates-tv 

http://sidelinesapp.com/item/the-new-generation-of-late-night/ http://www.cinemablend.com/television/Why-Jimmy-Fallon-Nice-All-Late-Night-Hosts-86497.html http://www.latimes.com/entertainment/tv/la-et-st-late-night-election-politics-20150722-story.html 

http://www.marketingcharts.com/television/are-young-people-watching-less-tv-24817/ 



Est-ce le début de la légalisation de  la marijuana au Mexique?


C’est par des cris de joie mais aussi de colère que des dizaines de Mexicains ont accueilli, mercredi 4 novembre, l’autorisation du premier club de culture de la marijuana, accordée par la Cour suprême du Mexique. La Société mexicaine d’autoconsommation responsable et tolérante (SMART) composée de quatre personnes, deux avocats, un militant et un comptable, a depuis ce jour le droit de planter et de consommer librement du cannabis à des fins « récréatives » et « non lucratives ». Cependant, ils n’ont jamais fumé et ne comptent pas le faire. Ces quatre citoyens ont lancé ce club car ils veulent provoquer un débat au Mexique sur la légalisation des drogues douces dont l'exportation, essentiellement vers les Etats-Unis, est contrôlée par les narcotrafiquants.
La marijuana sera-t-elle bientôt légalisée au Mexique ?
Cette décision de la Cour suprême n’implique pas la légalisation immédiate de la drogue. Directement après l'annonce de la Cour suprême, Eduardo Sanchez, porte-parole du gouvernement, a pris la parole pour rappeler à tous que :

"La marijuana n'est pas légalisée. Ce verdict ne veut pas dire que n'importe quel citoyen peut faire pousser de la marijuana pour sa propre consommation".

Le président a souligné que des experts dans de nombreux domaines serons convoqués pour participer au débat sur une possibilité de législation de la consommation de la marijuana.

Un moyen de combattre les puissants cartels?
            L’actuel président veut poursuivre la guerre contre les cartels, lancée par son prédécesseur Felipe Calderon en 2006. Pour gagner cette guerre plusieurs pays d’Amérique centrale et du Sud s’interrogent sur une évolution de leur législation. L’Uruguay a franchi le pas vers la légalisation du cannabis. Le Chili débat sur une loi pour dépénaliser l’usage thérapeutique et récréatif. En Colombie, et même au Guatemala, des voix s’élèvent pour changer d’approche. Néanmoins, le plus intéressant peut-être ce qui se passe aux États-Unis: quatre états américains ont légalisé la marijuana à usage récréatif. Les Mexicains se posent une question : pourquoi garder dans l’illégalité un produit ensuite vendu dans des Etats américains où la vente est légale ?

Cependant, la légalisation va-t-elle réellement gêner les narcos? Les gros trafiquants ne font pas que dans la marijuana, qui représente peut-être un cinquième de leurs revenus. Si le cannabis devenait légal, ils seraient sans doute gênés un temps mais ils augmenteraient peut être la vente d’autres produits comme la cocaïne, l’héroïne …



Mariam Karkachvili
Mathilde Perret

Sources :